quarta-feira, 7 de outubro de 2015

Ombudsman do Facebook

"John Book Face", se autodenomina "ombudsman do Facebook". Através de um conjunto de comentários postados como imagens e um conjunto de memes, ele critica e ironiza o "festival de besteiras reproduzidas no facebook".

Vejam algumas abaixo:

Exemplo da série "Tramoias no Facebook":



Exemplo da Série "Fanfarrices do facebook":


Exemplo da série "Pérolas do facebook":


Um exemplo dos comentários:


Confira o blog de John Book Face: Ombudsman do Facebook


segunda-feira, 20 de julho de 2015

A corrupção generalizada no Brasil

No Brasil, é muito comum haver pessoas lamentando a existência de corrupção e outros dizerem que ela é a culpada dos problemas nacionais. Porém, no fundo, existe uma certa percepção da corrupção generalizada existente na política institucional (e para além dela). O Brasil sempre esteve envolto em denúncias, escândalos, processos, por corrupção. O acontecimento mais marcante foi o do impeachment do Governo Collor por corrupção, o presidente eleito cujo um dos seus lemas era “caçar os marajás” e acabar com a corrupção. Por isso é necessário entender melhor a corrupção. O que é a corrupção? Quais são suas consequências? O que gera a corrupção? É possível acabar com a corrupção? Se sim, quais são as condições para a abolição da corrupção?

A primeira questão é entender que a corrupção é um fenômeno social, é uma relação social, típica da sociedade capitalista. Apesar de ter existido sob formas diferentes em outras sociedades, é no capitalismo que ela se torna um elemento estrutural de uma sociedade. A corrupção, no seu sentido mais geral, é uma relação caracterizada pela decomposição e deterioração de algo, onde alguém (indivíduo ou grupo) corrompe algo, prejudicando outro (indivíduo ou grupo). Assim, corromper algo significa desvirtuá-lo, destruí-lo. O que foi corrompido está apodrecido, deteriorado. Logo, a corrupção é uma relação social na qual alguns indivíduos ou grupos corrompem algo e cujo resultado é prejudicar outros indivíduos ou grupos.

Leia o resto, clicando aqui.

http://informecritica.blogspot.com.br/2015/07/a-corrupcao-na-sociedade-brasileira.html

quarta-feira, 13 de maio de 2015

domingo, 15 de março de 2015

Artigo Falso desmascara Revista de Michel Maffesoli


Artigo Falso desmascara Revista de Michel Maffesoli


A arma do crime é uma revista, e o cenário, a internet. No primeiro número do ano da revista de sociologia "Sociétés", Manuel Quinon e Arnaud Saint-Martin publicaram, sob o pseudônimo de Jean-Pierre Tremblay, um artigo dedicado ao Autolib', o serviço parisiense de compartilhamento de carros elétricos.

Esse texto, baseado em "uma pesquisa de campo aprofundada, ela mesma combinada a um fenômeno hermenêutico consistente", pretendia mostrar que o carro da Bolloré é "um indicador privilegiado de uma dinâmica macrossocial subjacente: ou seja, a passagem de uma episteme 'moderna' para uma episteme 'pós-moderna'". A formulação é erudita, mas não importa.

O artigo é uma farsa grosseira, um "hoax". E foi também uma bomba jogada sobre um pedaço de território da sociologia. Em um texto postado na internet no dia 7 de março, depois que saiu a edição da "Sociétés", os dois farsantes entregaram o jogo. O objetivo deles era "tirar a sociologia de seu torpor", desmontando por dentro "a fraude daquilo que chamaremos de 'maffesolismo', ou seja, bem além somente da personalidade de Michel Maffesoli, fundador e diretor da revista 'Sociétés', uma certa 'sociologia interpretativa/pós-moderna' de vocação acadêmica". Eles também atacam essas "revistas fajutas sem ética" que "publicam qualquer coisa". De forma geral, a proposta é denunciar a "junk science", não rigorosa, casual ou até forjada. Jean-Pierre Tremblay, no caso, não existe.

"Dados pobres"

Eles descrevem em seu texto a forma como atuaram, espantados com o fato de que essa "soma de besteiras" tenha encontrado lugar em "uma revista que proclama sua cientificidade". Jean-Pierre Tremblay não fez "pesquisa de campo". "Vamos ser diretos", afirmaram aqueles que escreveram em seu lugar: "não, nunca entramos em um Autolib' e nunca 'experimentamos' por um único segundo sua direção. Os únicos dados que utilizamos eram pobres."

O não uso do transporte por via terrestre não impediu os transportes verbais: "Em quatro, os passageiros ficam apertados, melhor ainda", escreve Jean-Pierre Tremblay. "Os corpos se tocarão em um abraço passageiro, eles se unirão nessa réplica do ovo primordial destacado da matriz (o poste de recarga elétrica), conectada/a reconectar."

O intrépido Tremblay mostra que o Autolib' anuncia "uma nova tecnossocialidade" e se inspira em um modelo materno: "Assim, a masculinidade apagada, corrigida e até desviada do Autolib' pode (enfim!) dar lugar a uma maternidade oblonga, não mais ao falo e à energia seminal do carro esportivo, mas sim ao útero acolhedor da
estação do Autolib'."

Manuel Quinon e Arnaud Saint-Martin persuadiram os integrantes da revista de Michel Maffesoli usando todos os subterfúgios possíveis. Assim como para qualquer pastiche, a ideia é imitar a "maneira de fazer": "o texto estava repleto de todas as referências bibliográficas que bajulam a ideologia espontânea do maffesolismo", eles afirmam. Seguindo essa linha, os autores não pouparam nem a mitologia nem os "misteriosos oximoros dispensados pelo professor". O que não os impediu de incrementar seu texto com "jogos de palavras terríveis e sem nenhum sentido" e fotos "grotescas".

"O texto não suscitou nenhuma avaliação, nenhum parecer", dizem os autores. "A 'Sociétés' é uma peneira". No entanto, Michel Maffesoli, professor aposentado da Universidade Paris-Descartes, reconhece que foram "dois professores universitários" que releram o texto. "Um deles emitiu um parecer negativo", ele conta ao "Le Monde". "O segundo considerou, por pura negligência, que era bobagem, o assunto não era desinteressante e podia passar. Foi uma negligência repreensível, isso mostra que não fui vigilante o suficiente. Então, a partir de agora, será outro colega a assumir a direção da revista. E eu apresentarei minhas desculpas no próximo número. Quanto ao resto, estou tranquilo."

O "resto" evidentemente é o ataque lançado contra a "sociologia pós-moderna". Os autores publicaram um estudo sem pesquisa nem provas pensando em denunciar "o método no mínimo indiferente com o qual Maffesoli e seus alunos coletam os fatos, método no qual nos inspiramos amplamente para redigir nossa farsa". "A ideia de que se pode tirar conclusões gerais a partir da experiência de uma única pessoa", alfinetam Quinon e Saint-Martin, "fere todos os preceitos das ciências humanas e sociais, a menos que se admita, como parece fazer Maffesoli e alguns de seus epígonos, que estas últimas não diferem em nada de conversas de boteco."

Maffesoli refuta essas acusações. "Desde a tese de [Elizabeth] Teissier, todas as oportunidades têm sido boas para me atacar", suspira o professor. "São colegas que estão se vingando por inveja, porque sou convidado por todos os lugares, porque sou publicado e traduzido..." A tese em questão foi defendida pela astróloga midiática Elizabeth Teissier em 2001, orientada por Michel Maffesoli. Ela provocou grande polêmica no meio acadêmico.
"Herói da sociologia"

Um dos membros da revista, Stéphane Hugon, considera que Arnaud Saint-Martin está procurando sobretudo um "cargo". "Aos 40 anos, ele ainda não é professor", ele diz. "Esse é o cerne da questão. Ele está procurando um cargo, uma legitimidade.

Autoridade é o poder de dizer, e hoje ele não tem isso. É por isso que ele quer bancar o herói da sociologia…"

Essa afirmação diverte Arnaud Saint-Martin: "Eu sou pesquisador no CNRS", ele retruca. "Já tenho um cargo fixo e não quero ser professor. A questão não é essa, mas sim mostrar a futilidade de um discurso que tem uma audiência, sobretudo na mídia, mas nenhuma base científica. É usurpação, vender filosofia ruim como sociologia... Espero que tenhamos conseguido provocar um debate saudável sobre a cientificidade da sociologia, uma disciplina ainda considerada sem seriedade, por alguns."

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A Revista é avaliada pela CAPES (Brasil), que supostamente analisa a "qualidade" dos períodicos, como Qualis A-2, ou seja, do seleto grupo das revistas com nota A, tidas como de alta qualidade...


segunda-feira, 2 de março de 2015

Anton Pannekoek, Comunista Conselhista

O vídeo abaixo apresenta uma síntese do pensamento de Anton Pannekoek, um dos principais pensadores da história do marxismo. Pannekoek foi um crítico radical da socialdemocracia e do bolchevismo, bem como do capitalismo de Estado da URSS, do parlamento, democracia burguesa, vanguardismo, etc. Foi um teórico dos conselhos operários e retomou a tese de Marx segundo a qual a emancipação do proletariado é obra do próprio proletariado. Vale a pena assistir:


quinta-feira, 26 de fevereiro de 2015

Crítica da economia "solidária"

Até que ponto é solidária essa tal economia?

por João Bernardo

Economia Solidária é um nome bonito. É como pessoas bondosas. Como pode alguém ser a favor de pessoas más! Ou ser contra a beleza, ou contra o altruísmo! No entanto, se é um nome conveniente para marketing, é mau como conceito, porque é ambíguo e não define rigorosamente o seu objectivo. Tentarei esclarecer um pouco a questão.

A partir das décadas de 1960 e 1970, em vários países tanto da área do capitalismo privado como da do capitalismo de Estado, surgiram e desenvolveram-se fora das estruturas sindicais e políticas tradicionais numerosos movimentos reivindicativos que deram lugar à ocupação de empresas e à continuação da produção sob o controlo directo dos trabalhadores. Se estudarmos estes movimentos, que estão relativamente bem documentados, verificamos que em quase todos eles se manifestou desde cedo uma tendência para a alteração das relações de trabalho, que em alguns casos pôde chegar muito longe. As decisões colectivas e rotatividade de funções, com a consequente diminuição das barreiras existentes entre a administração e a produção, passaram nessas lutas para a ordem dia, em franco contraste com a prática até então habitual no movimento operário, que se limitava a exigir a reformulação das relações jurídicas, com a nacionalização das empresas, e, no âmbito global, a tomada do Estado por um partido comunista ou socialista. Mas a incapacidade manifestada repetidamente tanto pela social-democracia como pelo leninismo de abolir as relações de exploração levou enfim os trabalhadores a compreenderem que podem ocorrer grandes remodelações no plano político e no plano das relações de propriedade e conservarem-se inalteradas as relações de trabalho. A superação deste dilema constituiu a grande lição das lutas autonomistas iniciadas na década de 1960 e continuadas hoje em novas experiências.

Outra coisa, muitíssimo diferente, é a conversão de empresas falidas em cooperativas, onde a administração continua a ser assegurada por especialistas e onde cabe aos trabalhadores, como sempre, trabalhar. Convém recordar que foi a burocracia dos partidos social-democratas alemão e belga, durante a época da Segunda Internacional, ao manter sob o seu firme controlo a administração de numerosas e riquíssimas cooperativas, quem suscitou entre os seus opositores as primeiras análises críticas da burocratização do movimento operário e as primeiras definições teóricas da existência de uma classe capitalista formada por gestores. E hoje, passados cem anos, é a constituição de uma burocracia deste tipo, mas num nível económico incomparavelmente mais medíocre, que visa o projecto de formar gestores de terceira ou quarta ordem para se encarregarem de administrar empresas em vias de falência. No plano puramente económico trata-se de uma forma dissimulada de precarização da força de trabalho, introduzindo-se alguns paliativos destinados a evitar o desemprego e a impedir que as consequências sociais do neoliberalismo e do toyotismo atinjam um nível explosivo. Mas dois séculos de luta anticapitalista ensinaram, pelo menos, que enquanto a direcção da actividade económica estiver a cargo de especialistas continuará a existir a oposição entre a classe capitalista dos gestores e a classe trabalhadora, com a consequente extorsão de mais-valia.

De que lado se posiciona a Economia Solidária? De que lado se posiciona cada uma das pessoas que participam no projecto e o apoiam? Enquanto não ocorrer a necessária clarificação, a Economia Solidária servirá somente para perpetuar confusões, e não é em águas turvas que pode prosseguir a crítica teórica e prática ao capitalismo.

Ocupar empresas, aprender a administrá-las, levar avante a remodelação das relações de trabalho – a importância destas experiências é directamente social e política, não económica. Elas valem apenas pelas novas relações sociais que começam a aplicar, ensinando os participantes a gerirem eles mesmos a sua luta, o que é uma condição para mais tarde serem capazes de enfrentar o colossal desafio de gerir toda a sociedade. E isso sim, será uma nova economia, verdadeiramente solidária porque não dará lugar a classes nem a exploração.

Mas pretender que empresas que só são capazes de subsistir porque os seus trabalhadores aceitam apertar o cinto para não ficarem no desemprego, e que só são capazes de produzir bens ou serviços de inferior qualidade ou duvidoso interesse, consigam apesar disto triunfar das empresas transnacionais num mercado cujas regras do jogo são ditadas única e exclusivamente por essas empresas transnacionais – uma tal ideia só não é delirante porque é demagógica e destina-se, uma vez mais, a manter os trabalhadores enquadrados na ordem económica capitalista e sujeitos, como sempre, à tutela dos especialistas, neste caso saídos das incubadoras como pintainhos artificiais.

Quando os trabalhadores dessas empresas começarem a dispensar os gestores que lhes impingem e eles mesmos rodarem nas funções de administração, ao mesmo tempo que forem alterando as relações de trabalho, será então que a Economia Solidária, remetendo para segundo plano o seu carácter de economia, servirá para uma verdadeira experiência social de solidariedade. Ou isto, ou continuar servindo de caução moral das hierarquias exploradoras.

Novembro de 2005

domingo, 8 de fevereiro de 2015

Bakuninistas em Ação 01


POÉTICA POLÍTICA

POÉTICA POLÍTICA


Por Bruno Weber Bopp


Poética política
pô! Ética política?
Crítica!


Tu, esquerda ou direita?
Ex-querda, agora direita.
Troca feita.


Nesta troca de partidos,
como fica teu coração?
- Partido que não.


Ano de eleição:
sorriso para foto,
parece prostituição;
tudo por um voto.



A Crítica da Política

A crítica da política é um blog para realizar a crítica da política institucional, fundada na burocracia moderna, como o Estado, as instituições, os partidos, sindicatos e outros.


"Poder é toda chance, seja ela qual for, de impor a própria vontade numa relação social, mesmo contra a relutância dos outros" (Max Weber).

"Em uma democracia as pessoas escolhem um líder em quem confiar. Então, o líder escolhido diz: 'Agora cale a boca e me obedecer. " Pessoas e festa são, então, não é livre de interferir em seus negócios ". (Max Weber).

“Todas as revoluções se evaporam e deixam atrás de si apenas o limo de uma nova burocracia.”
(Franz Kafka)

"A burocracia é um círculo ao qual nada pode escapar" (Karl Marx).